terça-feira, 25 de março de 2008

Conheça a trajetória do vencedor Rafinha.

"Esse nasceu virado para a lua" foi provavelmente a frase mais dita pelo povo brasileiro nos últimos três meses sobre Rafinha. Selecionado de última hora para entrar no BBB no lugar de um desistente, o campineiro discreto deixou claro que estava na casa para levar o R$ 1 milhão.

Mas, acidente do destino, levou bem mais: três carros, três computadores, uma moto, passeio de helicóptero pelo Rio de Janeiro, um par de passagens aéres, R$1 mil reais, a possibilidade de assistir a um jogo do Palmeiras, um ingresso para o show de Roberto Carlos num cruzeiro... e um séquito de fogosas fãs. "Quanto mais eu puder ganhar aqui melhor... Mas não é ganância não", certa vez ele disse - com seu típico ar de ingenuidade - a Gyselle.


Quem gosta de 'verduuuura'?


Além da desmedida sorte, outra marca registrada do brother nos 78 dias de confinamento foi a alternância entre os relatos de "causos" sobre o passado "pobre" de vendedor de verdura, a preguiça absoluta - quando ficava quieto, só observando os outros brothers ou dormindo como se não houvesse amanhã -, e seus comentários pontuais e extremamente cômicos - ou, como as sisters convencionaram chamar, “as pérolas do Rafinha”. “Eu li no manual que esse exercício é para fazer nu”, disse ele para Gyselle, enquanto ela malhava na academia, desatenta, causando risos em todos.


Sobre o carro que ganhou de Gy: 'Eu sei que foi de coração. Saiba que serei eternamente grato'

Gy foi a sister com quem ele se afinou primeiro, e a ela Rafinha revelou pela primeira vez sua origem humilde e suas intenções de jogar para ganhar. Quando a sister, logo nas primeiras semanas, faturou a Prova do Anjo, ela deu a ele não só a imunização, como também um carro. "Eu sei que foi de coração. Saiba que serei eternamente grato", assegurou o músico. E realmente foi: na reta final do programa ele deu não só uma imunização como também um carro.


Doutor Marcelo: o desafio

Se com a maioria dos confinados o relacionamento transcorreu às mil maravilhas, com Marcelo a história foi diferente. A aproximação com Gy rendeu um mal-entendido com o mineiro, que Rafinha tentou desfazer dando a ele uma visita a um cruzeiro para assistir o show do "rei" Roberto Carlos.

Mas não foi o suficiente. Diante da permanente estranheza do mineiro - que ocorreu dentro de uma seqüências de alguns ataques verborrágicos contra os outros brothers -, Rafinha buscou esclarecimento, mas ouviu de Marcelo mais do que queria: "Você se faz de pobrezinho, se faz de coitadinho". Apesar da "chapa ter esquentado" entre os dois, a desavença teve um final inusitado: uma reconciliação com cores paternais.


Rafinha cresceu: 'É...Isso aqui me ajudou muito, cara'

Em uma de suas últimas conversas, o músico afirmou: "É...Isso aqui me ajudou muito, cara". No que o psiquiatra devolveu: "Pára, filho, está ajudando ainda". Mas toda essa boa intenção do "pai" esteve sob suspeição de todos os outros confinados. E com razão: na última semana do futuro psiquiatra na casa, Marcelo atendeu o Big Fone, tirou o direito de imunidade do "filho" e ainda o aconselhou a se auto-imunizar - numa óbvia tentativa de fazer com que ele quebrasse a cara.

Don Juan

Fora esse amargor, a estada de Rafinha foi adocicada por uma companhia e tanto: Juliana. "Ju é a top", ele declarou, no início de uma relação de amizade que aos poucos foi ficando mais e mais colorida. Isso sem contar a "companhia" de Natália, Thalita e Bianca. Como um amuleto para enfrentar a tentação, o campineiro colou o nome da namorada no boné - coisa que ele esquecia sempre que se aproximava de Ju... Até se dar conta da armadilha e colocar um ponto final na brincadeira: "Somos amigos", ele disse. Entre conquistas de amizades, garotas e prêmios, Rafinha fechou sua participação no BBB8 bem na fita: em suas participações na Máquina da Verdade, a tarja da mentira simplesmente não deu as caras e o brother reafirmou, durante toda a reta final do jogo, seu crescimento interno: "Amadureci porque tinha uma situação que era uma falta de afinidade com Marcelo. Como eu já tive um problema parecido lá fora, resolvi não refletir meus erros aqui dentro".
globo.com