A Justiça é Pop

O Supremo Tribunal Federal ocupa a mídia. A revista Veja desta semana traz o perfil do ministro Joaquim Barbosa, relator do caso do mensalão. Na Folha de hoje há uma entrevista com o ministro Carlos Ayres Britto e no jornal O Estado de São Paulo quem foi entrevistado foi o ministro Celso de Mello. Estes dois ministros, em suas entrevistas, negam que houvesse uma faca em seus pescoços, mas também reconhecem que o STF ficou um pouco mais perto da sociedade com o julgamento. Para Britto, os ministros decidiram tecnicamente, mas não se pode "negar que a ambiência psicossocial favoreceu um compromisso ainda mais forte com as exigências éticas". Já para Mello, "o que o Supremo tem procurado demonstrar, e tem acentuado essa sua intenção especialmente a partir da experiência da TV Justiça, é exatamente repudiar essa visão de que os processos decisórios estão cercados por uma aura de mistério e de sigilo."A tecnologia, com a intranet e o celular, foi uma estrela coadjuvante do julgamento. Mas a tecnologia também permite que a corte mais alta do país chegue mais perto da sociedade, transmitindo os julgamentos ao vivo pela TV. Os ministros saem mais humanos, o tribunal, mais perto da sociedade.