segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Floro não assume crimes.

O secretário de Segurança Pública, Kércio Pinto, falou com exclusividade ao programa "Liberdade Sem Censura", na manhã de hoje. Kércio contou detalhes da "Operação Coruja" encampada pela Polícia Civil.

Ação

Kércio falou que apenas cinco policiais civis tinham conhecimento da operação, vários trabalhos foram desenvolvidos para capturar o pistoleiro na Bahia, em Rondônia, Mato Grosso e Tocantins, onde Floro foi preso. Ressaltou que a ação foi desenvolvida exclusivamente pela polícia sergipana, a região onde Floro estava escondido foi mapeada e chegaram ao ponto onde ele se encontrava,
A Polícia Federal cedeu dois agentes para dar cobertura aos policiais sergipanos e ajudaram a mapear os dados de Floro e onde ele estava. Floro se encontrava na cidade de Gurupi, atuando como pecuarista. Lá ele era conhecido como "Doutor Gonçalves", tinha atividades sociais, ia para leilões de gado e vivia nas suas fazendas na região. Ia apenas para a cidade ver o filho, que utilizava o nome falso de Carlos Henrique, e a esposa.

As informações do pistoleiro "Alemão", ouvido pela polícia no fim do ano passado, foram fundamentais para a prisão do meliante. Segundo Kércio, "Alemão" contribuiu com dados sigilosos para as investigações que estava, sendo feitas desde que Pinto assumiu a secretaria, no início do ano passado. Para Kércio, a prisão de Floro era uma "questão de honra, pois a imagem da polícia civil sergipana ficou maculada".

Negativa

Calheiros negou qualquer envolvimento com as mortes do agiota Motinha e do deputado Joaldo Barbosa. De acordo com Kércio Pinto ele jamais assumirá a autoria intelectual dos crimes: "ninguém assume crime praticado", disse ele sobre o desvio de Calheiros à respeito dos crimes atribuídos a si, "ele não vai assumir qualquer crime, nega principalmente Joaldo Barbosa".
Fuga
Tratando da sua fuga espetacular empenhada em junho de 2003, que lhe deu cinco anos de liberdade, Kércio afirmou que Floro contou tudo sobre a fuga e indicou os nomes de três pessoas que desenvolveram a fuga da 1ª DM. Declarou que Floro nega a participação de policiais civis, dando uma idéia que podem ter sido militares, que pagou R$ 20 mil pela fuga e que dirá quem participou à medida da divulgação dos depoimentos.

Floro fugiu para a cidade de Ribeira do Pombal, ao sair da 1ª DM e viveu uma vida nômade, tendo passado pelas cidades de Teixeira de Freitas, outras do sul da Bahia, Machadinho do Oeste em Rondônia e Gurupi, onde foi capturado ao receber uma pizza.

As possíveis visitas de Floro à Sergipe foram desmentidas por Pinto, que afirmou sobre a possibilidade de ele ter vindo a Aracaju: "ele não era louco de vir, a população conhece a imagem de Floro. Ele jamais viria aqui". Informou que a ação da polícia foi sigilosa e cautelar, dizendo que a polícia não tem fronteiras.