sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Desempenho da base de Déda

Analisando os votos recebidos por cada candidato a prefeito no interior do Estado pode-se mostrar uma densidade eleitoral maior do que o simples número dos prefeitos eleitos.

Na segunda-feira, 06, este espaço publicou uma tabela mostrando o fortalecimento dos partidos do grupo comandado pelo governador Marcelo Déda, elegendo cerca de 50 prefeitos, dezenas de vice-prefeitos e centenas de vereadores. Esse grupo tem os partidos PT, PSB, PMDB, PDT, PCdoB, PRB e outros menores. Sem falar dos partidos “neo-aliados” o PSC e o PR.
Se forem analisados todos os votos recebidos pela base de sustentação do governo Marcelo Déda o desempenho também é referendado. Analisando todos os votos recebidos para prefeito – vitoriosos ou não – pode-se constatar uma ampla maioria para estes partidos. Para se ter uma idéia – com exceção de Aracaju – em todos os outros municípios o PSB, obteve 158. 222 votos, ficando em primeiro lugar dos votos recebidos. Logo após vem o PDT com 133.057 votos, seguido do PMDB, com 105.239 votos. O PT obteve 68.791 votos em todos os prefeitos candidatos. E ainda tem os neo-aliados: PSC, com 83.197 votos e o PR, com 40.681 votos. Foram quase 600 mil votos dados a estes partidos. Ainda tem os 140 mil votos de Aracaju que podem ser contabilizados para todos os partidos já que foi um dos poucos palanques onde toda a base aliada esteve unida, com exceção do PMDB.
Esses números recebidos por cada prefeito dos partidos nos 74 municípios dá uma densidade eleitoral maior do que o simples número de prefeitos eleitos. O PSB, comandado pelo senador Valadares e o PDT, comandado pelo deputado Ulices Andrade, se consolidam como os partidos mais fortes do bloco governamental.

Outro dado interessante é o número de vice-prefeitos eleitos pela base aliada: o PSB elegeu 17 vice-prefeitos; o PT, 12 vice-prefeitos; o PMDB e o PDT, 6 vices, cada um; o PRB, três vice-prefeitos e o PCdoB um. Sem contar com os vices do PSC e do PR, que somados são 4. Sem contar o PSDB e o PPS que estão ingressando no bloco de neo-aliados respectivamente com 7 e 5 vice-prefeitos.

Os dados comprovam o bom desempenho dos partidos da base governamental e mostra se ficarem juntos em 2010, esses partidos podem eleger tranquilamente, não só as maiores bancadas para a Assembléia e a Câmara dos Deputados, mas também eleger os dois senadores. Basta bom senso e unidade. Se racharem podem perder a disputa para os candidatos da oposição. É preciso lembrar: João Alves está bem vivo e ainda é um referencial político em Sergipe, principalmente no interior.
Cláudio Nunes