quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Brayner: ESPINHA NA GARGANTA

Desde quando decidiu lançar-se candidato ao Senado, que o deputado federal Albano Franco (PSDB) se transformou em uma incômoda espinha na garganta do Partido Social Cristão (PSC). A princípio a cúpula cristã não acreditava. Sem Albano na disputa tinha bem melhores condições para avaliar qual melhor posição a tomar. A legenda apostava que o deputado não teria coragem de ir à disputa, mesmo como aliado do DEM. Causou exagerado nervosismo as primeiras afirmações de Albano sobre a decisão de tentar o Senado. Tanto que provocou a dúvida entre fechar com o DEM ou com o PT. A primeira opção era um desejo dos proporcionais, que viam melhores condições de fazer maior número de parlamentares. A segunda aconteceu em reunião do partido, onde todos resolveram bater o martelo na composição com o PT.

Quando o deputado federal Albano Franco optou oficialmente em sair independente, houve até uma certa tranquilidade na cúpula do PSC, que via alguma facilidade em ultrapassar o senador Valadares. Não aconteceu. E os dois candidatos ficaram independentes. O senador Valadares pressentiu que não havia reciprocidade na captação de votos para os dois da mesma composição e deu seu grito de liberdade. Passou a ter compromisso com Marcelo Déda para governador e Dilma Rousseff para presidente. E pronto. O deputado federal Eduardo Amorim, candidato do PSC ao Senado, não havia decolado. Enquanto Albano Franco chegou ao segundo colocado nas primeiras aceleradas. E se mantém na posição desde que foi dada a largada, na convenção do partido, que o indicou candidato independente ao Senado.

A informação que circula nos bastidores da disputa ao Senado, é que o empresário Edvan Amorim (PR), líder do grupo político que tem à frente o candidato a senador, determinou que os candidatos proporcionais e aliados do bloco tivessem como segunda opção o advogado criminalista Emanuel Cacho (PPS). A estratégia é evitar votos para Valadares e Albano. O deputado estadual André Moura (PSC), candidato a federal, foi o primeiro a levantar a bandeira e declarou voto a Eduardo Amorim e Emanuel Cacho. Ontem, o radialista Gilmar Carvalho (PR) postou em seu twitter: “Todos os aliados de Amorim que não querem apoiar Valadares, anunciarão apoio a outros candidatos, menos Albano”.

Não é bem assim. Em uma reunião da cúpula dos partidos liderados por Edvan, o ambiente esteve pesado. A deputada Angélica Guimarães (PSC), que tenta a reeleição, disse que havia mandado imprimir um milhão de santinhos com Valadares. Amorim teria batido à mesa com tamanha violência que o telefone celular caiu ao chão: “rasque tudo”, determinou. Houve tanta arrogância que o deputado André Moura pediu calma: “você está falando com uma deputada”, lembrou-lhe. Teria sobrado também para o vereador Jailton Santana, que tentou resistir à determinação: “fui eu que lhe elegi vereador”, teria lembrado o presidente de honra do PSC. Em Poço Redondo, houve reclamação porque o prefeito da cidade, frei Enoque, vota em Valadares e Albano Franco ao Senado. Uma opção dele, que tem gratidão pelo que foi feito em sua região quando Franco era governador.

De qualquer forma a ordem está dada: votar em Amorim para senador e pedir votos para Emanuel Cacho, para tentar reverter o quadro. Amorim teria dito, na ocasião, que estava sendo traído e perguntou: “vocês sabem quanto já gastei?” Ninguém sabia, mas não foi pouco. O candidato Eduardo Amorim não esmorece. Continua em campanha e vai até o final. É uma pessoa de boa índole, extrema educação e bem intencionado. Se tentasse a reeleição estaria bem na fita. Muito bem. Mas vai em frente, com um candidato a suplente, Laurinho Menezes, que tem ajudado muito. Atentem bem: é possível que até domingo fiquem muito triste com uma traição que jamais esperam. É possível...

BLOG: Amorim errou quando tentou fechar com as duas bases politicas nos municípios, a politica em sergipe tem aspecto complicado, um fato concreto é o município de Ribeirópolis, onde ele fechou com os PASSOS grupo rival da prefeita Uita Barreto que é aliada do governador Marcelo Déda, com essa atitude ele acabou perdendo os votos dos aliados da prefeita e do governador e de muitos eleitores da família Passos que já declararam não votar nele por que AMORIM faz parte da chapa que faz oposição a João Alves. Fatos como esse acontece em Itabaiana, Frei Paulo entre outros municípios sergipano.

É o que eu digo sempre: "Ninguém consegue adorar a dois senhores, nem muito menos se aliar a dois grupos politicos onde as divergências são ferrenhas".

Essa é uma das minhas opiniões sobre o por que a campanha de AMORIM não avança.