Há pouco mais de meio século nasceu o grupo folclórico “As Caretas” de Ribeirópolis. Para o idealizador, José Robustiano Menezes, uma simples comemoração pré-carnavalesca e para os ribeiropolenses o surgimento de um grupo que representaria o ‘inédito’, que posteriormente ganharia maior atenção.
Embora a “consolidação” do grupo não tenha sido muito rápida, em virtude de incentivos e outros aspectos, mas a admiração dos moradores cresceu a ponto da festa se tornar uma referência dentre as manifestações culturais da região agreste ou até do Estado.
Em poucos anos foi batizado como manifestação folclórica. E conforme explica o próprio significado (de folclore) a tradição foi transmitida de geração em geração. Porém, sem uma característica, que é a autoria anônima como detalha o Anuário do Folclore Brasileiro.
Afinal, entender o significado de folclore é ter a certeza que se trata da história construída pelos seus anseios, aspirações e esperanças. Entretanto, tendo em vista a ‘evolução’ de um grupo folclórico é preciso estabelecer “limites”, a fim de conservar os traços culturais que expressam a autenticidade.
A festa
A máscara assustadora, os trajes velhos, o mela-mela com roxo-terra e o som da banda de pífanos no alvorecer fazem a composição de uma festa alegre e diferente. Mobilizando toda população, da criança inocente aos cidadãos “mais vividos” e testemunhas da história do grupo e do próprio município. Além de alimentar a curiosidade dos visitantes que tentam entender a brincadeira.
O grupo “Caretas” já foi tema de grandes trabalhos nas universidades, faculdades e colégios, bem como é incluso em apresentações e debates escolares que exploram as características deste, através de sua relação com a cultura popular e a presença dentre as demais manifestações folclóricas.
E é exatamente por ser diferente, hilário e autêntico que devemos zelar como patrimônio das manifestações culturais locais. Divulgar com embasamento nítido para não confundir com uma festa de carnaval qualquer e sem sentido. É preciso “tirar a máscara” e mostrar para o mundo o teor do folclore ribeiropolense.
Por Franklin Andrade