Mendonça Prado fala demais e Sergio Reis tenta consertar
Foi péssima para as pretensões do Democaratas (DEM) a verborragia do deputado federal Mendonça Prado esta semana durante entrevista na Ilha FM. O genro do ex-governador João Alves Filho, principal cacique do DEM em Sergipe, disse ao entrevistador Gilmar Carvalho que o PSDB liderado no estado pelo deputado federal Albano Franco, usa as muletas do estado para sobreviver. Mendonça afirmou que em Brasília, DEM e PSDB são irmãos gêmeos, mas em Sergipe o PSDB só tem de tucano o discurso, e só sabe viver nas tetas do Governo. Disse também que o DEM sergipano já possui aval do PSDB nacional para coordenar à campanha do governador de São Paulo, José Serra, a presidência da republica. Albano reagiu furioso desmentindo a versão de Mendonça. Na terça-feira, Albano conversou com José Serra no Palácio Morumbi, por quase uma hora. "Em nenhum momento ele (Serra) me solicitou que a coordenação da campanha do PSDB no Estado ficasse com o DEM" disse Albano. O ex-governador lembrou das perseguições políticas que seu partido sofreu em Sergipe, durante todo o terceiro mandato do governador João Alves filho. "Então, em que tetas o PSDB estava mamando"? Questionou. "Ao contrário, o PSDB sofreu perseguição do Governo, mas em junho de 2006 atendi o PSDB Nacional para apoiar o governador João Alves Filho", revelou. Para diminuir os efeitos negativos da inconveniência de Mendonça Prado, o ex-deputado federal Sergio Reis, com habilidade, saiu em defesa do PSDB, contestando as declarações do correligionário. "Não vejo como uma atitude positiva esse método de ficar instigando ou hostilizando o PSDB. Não podemos menosprezar o ex-governador Albano Franco e sua capacidade de aglutinar e transferir votos" disse Sergio. Reis avalia que não é prudente para o partido comprar uma briga com a figura do presidente de honra do PSDB. Primeiro pela história política que ele tem, já foi governador por duas vezes, e pelo seu prestígio, não só em Sergipe, mas no país e junto a todos os segmentos políticos e econômicos. Sergio entende que o DEM para derrotar o PT nas eleições de 2010, deve buscar unidade interna, e trabalhar com prudência, consciência e inteligência, para conseguir alem do próprio PSDB, o apoio do PSC e do PR partidos fortes e com importantes lideranças. Acredito que com diálogo, poderemos ter essas duas siglas dentro de um projeto maior.
Edvanildo Santana